O poeta não, ele é só, sem fanfarra, e mesmo assim consegue compor, bastando ele estar em sintonia com a sua musa, e ela nele. Isto é abstrato e real ao mesmo tempo. Absorto e só no seu canto. Ele canta, cala, chora e ri. Tem a sinfonia na vitrola, a escultura no pensamento e a pintura no olhar.
O poeta nunca está só, mas ninguém o vê. Para criação... Em suas mãos; apenas uma pena, um lápis, uma caneta ou o teclado. Processo é quase idêntico ao do escultor e do pintor que; quando com a sua modelo retratam o nu, despem-se da rudeza, e vestem-se do que vêem e ou do que sentem.
Mas o poeta, sim, este é um artista, não tem a musa em suas mãos, usa o seu pensamento como uma força centrípeta, e captura para junto de si a imagem dela, aí esculpi e pinta em versos, ela, a musa inspiradora, e não mais cessarão as poesias. Até na sua lápide deixará gravada a sua mensagem de amor.
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