sábado, 4 de outubro de 2008

O POETA NUNCA ESTÁ SÓ...

A sinfonia, a escultura, a pintura e a poesia. Arte, arte, arte e arte. O homem pensador, mediador das maravilhas, qual o compositor que ao dedilhar o poema eterniza-o na partitura. Nela o maestro lê, e a batuta diz o que fazer, e a melodia evolui na orquestra através das bocas, dos dedos, das mãos, dos pés. Do couro, das cordas, dos metais e das teclas, é o som, é o som.
O poeta não, ele é só, sem fanfarra, e mesmo assim consegue compor, bastando ele estar em sintonia com a sua musa, e ela nele. Isto é abstrato e real ao mesmo tempo. Absorto e só no seu canto. Ele canta, cala, chora e ri. Tem a sinfonia na vitrola, a escultura no pensamento e a pintura no olhar.

O poeta nunca está só, mas ninguém o vê. Para criação... Em suas mãos; apenas uma pena, um lápis, uma caneta ou o teclado. Processo é quase idêntico ao do escultor e do pintor que; quando com a sua modelo retratam o nu, despem-se da rudeza, e vestem-se do que vêem e ou do que sentem.

Mas o poeta, sim, este é um artista, não tem a musa em suas mãos, usa o seu pensamento como uma força centrípeta, e captura para junto de si a imagem dela, aí esculpi e pinta em versos, ela, a musa inspiradora, e não mais cessarão as poesias. Até na sua lápide deixará gravada a sua mensagem de amor.

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